Na verdade, toda a cabeça do bebê é desproporcional ao resto do corpo. Essa questão tem gerado momentos engraçados no Programa do Jô, da Rede Globo. O humorista Jô Soares coleciona fotos de celebridades quando bebês para comprovar sua divertida teoria de que as pessoas nascem com as "orelhas já prontas", ao redor das quais o corpo cresce. Mas, infelizmente, Jô, sua tese é parcialmente contestada pelos especialistas: as orelhas dos bebês, em si, não são mais desarmônicas que os olhos, a boca ou qualquer outra parte da cabeça. Esta sim, como um todo, é que tem um tamanho exagerado, representando o maior diâmetro do corpo do bebê. Isso acontece porque, nos seres humanos, o sistema nervoso é o primeiro a atingir a maturidade, por volta dos 2 anos de vida. Nesse período, o cérebro e os neurônios são responsáveis pela maior parte do consumo energético da criança, daí a necessidade de uma cabeça maior.
Os números comprovam: nos nenês com até 1 ano, a cabeça ocupa impressionantes 19% da superfície corpórea. Esse índice vai diminuindo ao longo do tempo: cai para 17% entre as crianças de 1 a 4 anos, 11% entre as de 10 a 14 anos e, finalmente, estabiliza-se em 7% nos adultos. Mas, se a ciência descarta a teoria dos bebês orelhudos, tem na ponta da língua a explicação para o mesmo problema na faixa etária oposta. "Com o tempo, os idosos perdem colágeno, responsável pela tensão e elasticidade da pele. A impressão é de ‘queda’ da fisionomia, com orelhas e narizes parecendo mais compridos", diz a pediatra Sandra de Oliveira Campos, da Universidade Federal Paulista (Unifesp). É o início das pelancas!
Mundo estranho
domingo, 25 de abril de 2010
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