domingo, 17 de janeiro de 2010

Corfebol

Corfebol em holândes korfbal, é um esporte coletivo praticado principalmente na Holanda e na Bélgica. Ele difere de outros esportes semelhantes pois é praticado por equipes mistas, formadas por quatro homens e quatro mulheres.


História do Corfebol


O Corfebol surgiu na Holanda no ano de 1902, criado por Nico Broekhuyesen, influenciado de um jogo sueco denominado Ringball.

Naquela altura a Associação de Educação Física de Amesterdão solicitava um jogo que pudesse ser praticado por jovens de ambos os sexos, não fosse muito dispendioso, solicitasse uma atividade física geral e que fosse atraente para os jovens. Um jogo com estes requisitos não existia mas Broekhuysen sentiu tê-lo encontrado na Suécia...
— Nico Broekhuyesen em uma entrevista.
Obteve uma boa aceitação e expansão da modalidade logo após a sua apresentação, e em 1903 constitui-se a "Associação Holandesa de Corfebol". Nos anos seguintes a atividade desenvolveu-se essencialmente na Holanda praticados pelos mais jovens, e está a aumentar sua popularidade e o número de praticantes, sendo atualmente cerca de 100 mil praticantes somente na Holanda.

Em 1920, foi apresentada como modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos. Naquela época a Bélgica inicia a sua prática e devido à sua proximidade geográfica com a Holanda, se desenvolveu rapidamente, levando à criação de uma "Associação Nacional" no ano de 1921. Oito anos após, foi novamente modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928.

Em 1933 a modalidade sofre um novo impulso com a criação da IKF. Após a Segunda Guerra Mundial, inicia-se o processo de divulgação a nível mundial, começando pelo Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América e por último a Austrália. O número de países praticantes tem vindo a aumentar progressivamente. Atualmente estam presentes os países lusófonos que praticam a Corfebol que são Portugal e Brasil respectivamente.

Regras


As equipes de corfebol são constituídas por 8 elementos: 4 homens (2 à defesa e 2 ao ataque) e 4 mulheres (2 à defesa e 2 ao ataque).

Desde sua criação essa modalidade sofreu várias regras, entre elas são:Os jogos duram 60 minutos, mas são divididos em duas partes, cada uma de 30 minutos; Os jogos têm apenas 1 árbitro; O campo é retangular e mede 40 metros de comprimento e 20 metros de largura; No início e o reinício do jogo são feitos no meio-campo; Cada cesta vale um ponto; É proibido tocar na bola com a perna ou com o pé ou com o joelho, bater na bola com o punho e/ou com o pé, bater ou tirar a bola das mãos do adversário ou de um companheiro, correr ou andar com a bola ou driblar o mesmo, lançar de uma posição defendida, entre o atacante e o cesto; de frente para o atacante; com o braço levantado à distância de um braço.

O Corfebol no Brasil


Na década de 80 um grupo de professores de educação física, formados pela Universidade Gama Filho, viaja à Holanda para comemorar a formatura, e lá descobrem o corfebol. Gostando da popularidade do esporte, a participação de mulheres nas mesmas equipes e em igualdade de condições com os homens e a semelhança como basquete, resolvem divulgá-lo no Brasil.

Inicialmente foram formadas equipes no Colégio Anglo Americano (Botafogo) e no Clube da Light (Grajaú). Realizaram-se muitas demonstrações com a equipe brasileira em universidades. Extraordinário sucesso ocorreu em Curitiba, PR, no Primeiro Congresso Brasileiro e Panamericano de Esporte Para Todos. Infelizmente, o trabalho de divulgação não foi levado adiante por esse grupo de professores por falta de apoio e patrocínio.

História do esporte no Brasil

Em 1998 o corfebol foi fundado oficialmente, nesse ano, através do professor de educação física Marcelo Soares, até então estudante de educação física na Universidade Castelo Branco no Rio de Janeiro, que conheceu a modalidade como um jogo tradando como "recreativo" nos intervalos de sua aulas. Ainda nesse ano, introduziu a modalidade na Comunidade Fernão Cardin, em Pilares, conseguindo em curto prazo de tempo colocar o corfebol em segundo lugar na preferência por parte dos alunos participantes do Projeto Favela Bairro em apoio da Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro. Como a modalidade foi muito bem recebida pelos praticantes, o corfebol foi seu tema de monografia na conclusão do curso de educação física. Nessa mesma época o professor Cláudio Ferreira de Oliveira, colega de turma, começou a trabalhar diretamente com o corfebol na divulgação da modalidade.

Em 1999, o professor Marcelo pesquisou e depois contatatou a IKF (Federação Internacional de Korfball) através de Sandra Vedder, que ficou sendo a pessoa responsável pelo Brasil. Foram realizados também contatos com profissionais brasileiros que, em sua grande maioria, desconheciam a modalidade. Não existiam no Brasil artigos, reportagens, livros ou qualquer referência que pudessem orientá-lo em sua pesquisa, que se baseou em informações verbais por parte de alguns professores, como Luiz Alberto Batista, Dr. Rizzo e Roberto Wagner, que foram seus grandes incentivadores. Descobriu também que os professores Ângelo Vargas e Moacyr Bastos realizaram pesquisas sobre corfebol, através de seu contato em Portugal, o Professor Mario Godinho.

No ano 2000 mais precisamente em 22 de outubro que é comemorado o "Dia do Corfebol no Brasil", no início do trabalho do Professor Marcelo Soares no Brasil. Oficialmente, com a presença do professor Roberto Wagner da Universidade Castelo Branco, foi realizado um jogo de exibição amistoso, familiares e alunos das escolas onde localizado no Rio de Janeiro. A quadra era no "Esporte Clube Valim", no Méier, e permaneceu por lá aproximadamente um mês, sendo depois transferido para a quadra da Polícia Militar, no mesmo bairro. Desse grupo inicial foi formada oficialmente a primeira seleção de corfebol do Brasil.

Para demonstrar o esporte a um número maior de pessoas, a área de lazer da Rua Dias da Cruz, no Méier, foi utilizada para a realização de jogos, graças ao empenho do Sr. Wagner Coe, da Secretaria de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro. Essa visibilidade resultou na primeira reportagem de jornal sobre o trabalho com corfebol do professor Marcelo Soares.

No ano 2001 a corfebol começa a ser praticado no Clube dos Sub-Oficiais e Sargentos da Aeronáutica de Cascadura, no Rio de Janeiro, sendo o primeiro clube praticante da modalidade na América do Sul. Em 2002 os representantes da IKF em Portugal, professores Nuno Ferro e Jorge Ramos, visitaram o Brasil e realizaram o primeiro curso de corfebol para estudantes da universidade Castelo Branco, realizado nas dependências da faculdade Mercúrio. No mesmo período, foram realizadas palestras na Universidade Rural, Castelo Branco, Barra da Tijuca e Moacyr Bastos. Neste ano, o professor Marcelo Soares foi declarado representante oficial e principal divulgador da modalidade no Brasil, sendo nomeado também árbitro oficial do corfebol.

Em 2003 no dia 8 de novembro, a Federação Internacional de Corfebol concede o título de representante oficial da modalidade no Brasil, assim como a carta de autorização para trabalhar e divulgar a modalidade em todo o continente sul-americano. No congresso realizado todos os anos em Amsterdã, o Brasil consegue sua maior conquista, o reconhecimento como 41° país praticante de corfebol, podendo, a partir dessa data, participar de competições oficiais realizadas pela própria Federação e também pelo Comitê Olímpico Internacional o COI.

Em 2003 o corfebol retorna à sua origem universitária, devido ao grande desempenho em seu trabalho, o professor Marcelo Soares consegue, através do Cordenador do Curso de Educação Física, o professor Guilherme, mais as professoras Ludmila Mourão, Gabriela Aragão e Ingrid Fonseca, introduzir a modalidade na semana da educação física, assim como realizar diversas palestras nas disciplinas Teoria e Pratica do Jogo e Recreação.

O corfebol chega na Belo Horizonte através da diretora de Marketing Karla Andrade, do Esporte Clube Minas Gerais, que, interessada na modalidade por sua característica social, realizou clínicas e cursos, com grande repercussão nos meios de comunicação mineiros, como TV Alterosa e Jornal Diário da Tarde. Ainda nesse ano, o corfebol chega a São Paulo, através da unidade SESC Santo Amaro, através do Coordenador Maurício Del Nero, que convidou o Prof. Marcelo Soares para realizar clínica de corfebol.

Em 2004 o corfebol é destaque em diversos programas esportivos e de entretenimento, como o Programa Mais Você, Esporte Espetacular e Jornal Nacional ambos da Rede Globo, através do apoio dos jornalistas João Pedro Paes Leme e Tino Marcos. Nesse mesmo ano, o Professor Marcelo recebe convite da Prefeitura de Joatuba em Minas Gerais para realizar clínica de corfebol para professores da rede de ensino. Em 2005, cerca de dois mil alunos da região de Joatuba praticam o esporte.

O município de Casemiro de Abreu, através do professor de Educação Física, Juan Leal, inicia o processo de divulgação, em parceria com o professor Marcelo Soares. É formada a primeira equipe do interior do estado do Rio de Janeiro, no Colégio Estadual José Braz do Jardim e Colégio Estadual Municipalizado. Já foram realizados diversos jogos amistosos entre as equipes do Professor Marcelo Soares (C.S.S.A - Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica de Cascadura versus Casemiro de Abreu). O corfebol também vem sendo praticado no município de Queimados (Rio de Janeiro), na escola municipal Tiradentes, com o apoio da professora Adriana Mathias, que também é atleta da equipe corfebol Brasil. Participação pela segunda vez na semana da Educação Física da Universidade Gama Filho através dos professores Guilherme Pacheco, e mais professoras Ludmila Mourão, Gabriela Aragão e Ingrid Fonseca.

Em 2005 cerca de cem alunos do curso de educação física assistem palestra sobre a modalidade, na Universidade de Mogi das Cruzes. Assim, o corfebol chega à primeira Uiversidade em São Paulo, recebendo o apoio do Senhor Coordenador Zenon Silva Filho.

Curso de corfebol em Itaúna: devido ao grande sucesso de mídia no estado de Minas Gerais (jornal Diário da Tarde e TV Alterosa), o professor Marcelo Soares é convidado a realizar curso de corfebol na universidade de Itaúna - MG, através de um dos seus representantes no estado, o aluno Derik Furforo Dias, contando com o total apoio do Coordenador da Universidade, Dalton Ribeiro de Carvalho. Corfebol Sesc Madureira - Professor Marcelo Soares coordena a primeira escola de treinamento da rede SESC, no Bairro de Madureira no Rio de Janeiro. É criada a oitava Santa Mônica Fitness, o corfebol participa de maneira oficial do 8° Santa Mônica fitness através de apoio do Sr. Coordenador Bruno Nascimento e Bruno Castro. O corfebol participa com demonstração de material oficial (cestas, bolas), cesta sintética em seu estande, conseguindo mostrar o nível internacional do esporte a professores e estudantes do congresso. Esse evento teve repercurssão a nível mundial, sendo publicada no site oficial da Federação Internacional de Corfebol. Fundação Getúlio Vargas. No dia 22 de setembro de 2005, é convidado pelo José Antonio de Barros Alves a realizar palestra na Fundação Getúlio Vargas sobre a origem e evolução do esporte no mundo e suas perspectivas para o Brasil. O Professor Marcelo Soares participa das listas de discussão do Centro Esportivo Virtual , sendo também moderador da lista de discussão Cev-Corfebol.

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