História
Lançado no final de 1983 para disputar diretamente com o Gol, Voyage, Chevette e Passat, e com design mais moderno que seus concorrentes, fez bastante sucesso do início de produção até o final da década de 80 já em sua primeira reestilização.
Ele oferecia a maior garantia contra a corrosão do país, três anos, desde que fossem feitas as vistorias anuais nas concessionárias da marca. Apresentava muita área envidraçada, o melhor Cx (coeficiente de penetração aerodinâmica) entre os modelos brasileiros, 0,386. E vinha ainda com sistema de ajuste automático da folga da embreagem.O motor, denominado CHT (Compound High Turbulence), era basicamente o mesmo da família Corcel, da década de 60, que por sua vez tinha raízes na Renault. Para que equipasse o Escort no lugar do então moderníssimo CVH (Compound Valve Hemispherical Chamber) europeu, o velho motor do Corcel foi retrabalhado pela engenharia da Ford, recebendo novos comandos, pistões, válvulas etc. Tinha 1,6 litro de cilindrada para todas as versões, com potência de 73,4 cv para as versões movidas a álcool e 65,3 cv para as versões a gasolina. Havia ainda o 1.3 de 63,5 cv a álcool e 56,8 cv a gasolina, que podia equipar apenas a versão L e básica.
O esportivo XR-3 vinha com o mesmo motor básico, mas com comando de válvulas mais bravo, dutos de admissão de maior diâmetro, modificações na alimentação etc, o que trazia cerca de 10 cv a mais. E por isso mesmo era denominado CHT High Performance, ou simplesmente HP.
No esportivo as molas e amortecedores eram mais duros e a relação final era bem mais curta do que as encontradas nos demais Escort. Uma curiosidade é que o Escort (e o Corcel) serviram para a Goodyear testar o pneu Gran Prix E, que, diferentemente do Gran Prix S, que era de nylon, trazia poliéster em suas tramas internas. Esse pneu durou muito pouco, na verdade apenas cerca de um ano.
O Escort era disponível nas versões básico, L, GL, Ghia e XR-3, sendo que as três primeiras podiam ter duas ou quatro portas (sempre com carroceria hatch). As primeiras unidades apresentavam vidros na cor bronze e não traziam puxador para a tampa do porta-malas, apenas o botão de acionamento da fechadura.
Ainda em 1984 o Escort ganhou vidros verdes e o puxador. Os primeiros Escort não traziam teto solar, embora fosse opcional para o GL, Ghia e XR-3, pois a Ford não dispunha deles num primeiro momento; eles eram importados.
O topo-de-linha era o Ghia, com excelente acabamento, em madeira legítima nas portas e laterais, controles elétricos para vidros e travas, check-control, conta-giros etc. Mas o objeto de desejo de todos era o XR-3, com os apliques em plástico na dianteira e laterais, além do aerofólio em borracha com poliuretano na parte interna, que ficava sobre a tampa traseira.
O volante tinha pouco mais de 30 cm de diâmetro (343 mm para ser exato) e os bancos, embora não fossem de grife (como Recaro, por exemplo, que equipava Gol GT, Monza S/R e Passat GTS na época), eram esportivos e bem desenhados.
O XR-3 marcou época com seus lavadores de farol (que o XR-3 conversível não tinha, assim como os vidros elétricos, que eram opcionais), rodas de liga-leve de aro 14, além do vermelho Sunburst, uma espécie de laranja que durou entre os anos de 1984 e 1985. Havia apenas a opção de prata, preto e esse vermelho para o XR-3. Os Escort a partir de 1985 ganharam novos encostos de cabeça, arredondados. O básico continuava a não contar com apoio de cabeça de série.
Em abril de 1985 chega o conversível, montado pela Karmann-Ghia em São Bernardo do Campo (SP). Tinha muitos itens importados, principalmente de carroceria (laterais traseiras e tampa do porta-malas, que inclusive vinha com o suporte de placa do tamanho da placa alemã...), capota etc.
Era mais pesado do que a versão fechada em 64 kg, pois contava com muitos reforços na estrutura para minimizar os problemas de torção. Na verdade eram 350 peças novas somadas à carroceria. Embora na Europa fosse disponível também na versão Ghia, por aqui existiu apenas como XR-3. Nesse mesmo ano é lançada a versão especial do XR-3 fechado denominada Laser. O XR-3 passa a ter a cor branca no catálogo.
Em outubro de 1985 o motor passa a ser o CHT E-Max, que tinha como principal alteração os pistões forjados, em vez dos fundidos.
Em 1986 a linha permanece basicamente a mesma, ficando a mudança do vermelho da versão XR-3, além da adoção do azul Mineral para o esportivo, como principais mudanças. O Escort de quatro portas deixa de ser produzido. No ano seguinte o Escort traria muitas novidades; 1986 foi o último ano do modelo na configuração de lançamento.
No começo dos anos 90 já equipado com motor Volkswagen AP (Autolatina), mas com muitos concorrentes à altura, o Escort começou a perder terreno em vendas e a Ford partiu para sua segunda reestilização. Esta sem dúvida foi marcante para a época, com nova corroçeria e opção de motores com injeção eletrônica de combustível, ele conseguiu destaque.
O mesmo não aconteceu com a terceira versão do carro, que desde seu lançamento em 1997 parece não ter emplacado, mesmo com um dos melhores motores da categoria - o Zetec - que na ocasião lhe conferia o melhor desempenho da categoria.
Junto com a nova versão veio mais uma novidade para ocupar o espaço deixado pela antiga e saudosa Belina - o Escort Satatio Wagon - uma perua derivado da versão hatch do carro, que herdou tanto suas qualidades como o baixo desempenho em vendas. É uma pena, já que o "Novo Escort" está em sua melhor forma!
Geração 1 (MK3)
Modelo MK3, lançado no fim de 1986 para competir com o Passat, Gol e Monza. Com um design inovador para a época, com traçados fortes, pára-choques pequenos, pára-lamas, faróis traseiros frisados e com potência 1.3, ganhou a carisma de jovens endinheirados daquele ano. O primeiro modelo era fabricado com 4 portas. Logo depois, veio o modelo XR3, mais esportivo, com 2 portas, uma potência maior (1.6) e um modelo conversível, como nas fotos a seguir:
Geração 2 (MK4)
O modelo MK5 surgiu nos anos 90, mudando bastante o Escort, como linhas mais suaves e arrendondados e faróis traseiros planos. Alguns ainda tinham pára-choques de plásticos. Além de ainda continuar com o modelo XR3 1.6, a linha ainda veio acompanhado do XR3 1.8, ainda mais potente, o modelo Hobby, com motor 1.0 que é um carro familiar de passeio e o modelo Guarujá, que voltou com as 4 portas, que haviam sido perdidos em 86. A seguir você vê fotos dos quatro modelos: XR3 1.6, XR3 1.8, Hobby e Guarujá:
Geração 3 (MK5)
Com a linha MK5, o último Escort tradicional foi fabricado com motor GL 1.8. Depois disto veio os modelos "i", como os da foto acima, nos motores GL/GLX 1.8i, XR3 2.0i e Racer 2.0i. Nesta geração foram feitas as mudanças mais radicais com faróis mais baixos na frente e mais quadrados atrás. Como eram esportivos e com grande potência, não foram fabricados carros com 4 portas.
Geração 4 (MK6/7)
Última geração, beirando os anos 2000 e ainda com motores 1.8, veio com poucas mudanças, como os faróis dianteiros que diminuiram um pouco mais e arrendodaram e os traseiros que amentaram bastante. Foi nessa geração que veio o Escort "station wagon", como na foto a seguir:
Possível retorno do Escort
Essa seria uma imagem concepção do possível relançamento do Escort em 2011, mas é improvável, pois se parece muito com o Focus.
O Ford Verona foi um genérico do Escort fabricado nos anos 90, com algumas mudanças como na sua altura.
O Apollo
Modelo fracassado fabricado pela Volkswagen em parceria com a Ford, que remodelou o Verona para uma versão mais esportiva. Foi fabricado por apenas 2 anos e tinha como características físicas os faróis negros. Foi substituído pelo Logus na Volks.
Fontes: Escorte Clube
4 comentários:
legal, parabêns pelo blog cara....^^
Bacana......gostei!........ paulo
mas seria legal reelançar o novo escort 2011,até pode parecer com o focus mas apenas com duas portas,seria uma versão mais esportiva.
Seria genial ter uma nova versão do Escort...Esse carro marcou minha infância,e eu ainda vou ter o meu!
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