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O Fiat 147 foi o primeiro modelo de automóvel fabricado pela Fiat do Brasil entre 1976 e 1986. Baseado no 127 italiano, o 147 marcou seu pioneirismo em várias formas:
● Primeiro carro da Fiat produzido no Brasil, marcando o início das operações da fábrica de Betim, Minas Gerais;
● Primeiro carro brasileiro com motor transversal dianteiro;
● Primeiro carro no Brasil com coluna articulada;
● Primeiro carro a álcool fabricado em série em todo o mundo;
● O menor carro a diesel da época, sendo vendido na Argentina;
● Primeiro carro com todas as "variantes": hatch, sedan, perua, furgão e pick-up;
● Primeiro carro com o estepe junto ao compartimento do motor, ou seja embaixo do capô dianteiro;
● Primeiro carro de pequeno porte com suspensão independente traseira.
Em seus dez anos de produção, o Fiat 147 passou por duas reestilizações, sem grandes mudanças na carroceria. A versão de início foi chamada Brio. Na primeira reestilização, ganhou uma frente mais baixa, no estilo que a marca chamou "Europa" em 1980, e mais tarde, em 1983, a segunda, chamada Spazio, incorporando para-choques de plástico e estilo alusivo a modelos contemporâneos da marca como o Uno.
Teve uma versão picape, lançado em 1978, a princípio chamado de Fiat 147 Pick-up. Em 1982, ganhou plataforma igual a da Panorama e passou a se chamar Fiorino. Na mesa época, foi lançado a versão furgão, que é produzido até hoje, na plataforma do Uno. A perua Panorama foi lançada em 1982 e a versão sedã, (Oggi), em 1983. Teve a sua versão de luxo, o Spazio. Essas três versões tiveram vida curta (apenas até 1985). A versão Hatchback do 147 saiu de linha no Brasil em 1986, e o ferramental de produção foi transferido para a Argentina, onde foi montado até 1996. As versões pick-up e furgão (Fiorino) foram substituídos pela plataforma do Uno em 1988.
Foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1978.
Fiat 147 L
O modelo L, poderia vir equipado com alguns opcionais que não dispunham no modelo Standart, como: bancos reclináveis, desembaçador traseiro (primeiro veículo brasileiro com este equipamento), acendedor de cigarros, ventilador, dentre outros.
Fiat 147 GL
O Fiat 147 GL se destacava da versão "L" e "Standart" por possuir alguns opcionais a mais, seu acabamento interno é de melhor qualidade, monocromático em três opções de cores: azul, bege ou preto, acompanhado por carpete da mesma cor, além do compartimento de bagagem agora ser acarpetado. o painel passa a possuir termômetro de água, e volante reestilizado.
Fiat 147 GLS
Lançado em 1979 foi o modelo mais luxuoso da linha 147 até então, possui além dos opcionais do modelo GL, motor 1300cc, encostos para a cabeça nos bancos traseiros, faróis de neblina, entre outros.
Fiat 147 Rallye
O Rallye era o modelo esportivo do 147, a parte externa era personalizada e o motor mais potência com 1300cc, podendo chegar a 144 km/h. As principais modificações foram no motor idêntico ao do "GLS" com exceção do carburado que agora passa a ser um Weber de duplo corpo importado e não simples como no "GLS" o que lhe conferiu uma potência de 72 CV ante os 61 CV anterior, e a utilização de escapamento duplo, que proporciona maior vazão aos gases oriundos da combustão. Seu interior se destaca pelos assentos de encosto alto e reclináveis em quatro posições pré-fixadas, com gomos horizontais e formato anatômico. Os cintos de segurança são de três pontos, e o forro das portas, assim como os bancos é de courvin preto, com porta malas e assoalho carpetados.O volante de aspecto esportivo, tem raios metalizados em forma de Y. O painel é provido de conta-giros, velocímetro com hodômetro, termômetro de água, indicador de nível de gasolina. Mais a direita onde nos modelos de 1050cm3 fica o cinzeiro, foram instalados voltímetro e manômetro de óleo.
Fiat 147 Europa L
Em 1980 o pequeno 147 recebia sua primeira reestilização. Na nova frente, denominada Europa, o capô era mais aerodinâmico e inclinado, os faróis passavam a ser retangulares e a grade ganhava ligeira inclinação. As luzes de direção estavam nas extremidades, junto das lanternas por isso metade era na cor âmbar e metade incolor. Os pára-choques eram de plástico polipropileno (primeiro carro brasileiro a utilizar para-choques em plástico), em larga escala.
Fiat 147 Europa CL
Em 1982 o modelo L do Fiat 147 recebia sua nova versão, passando a chamar-se CL. Externamente o veículo não recebeu alterações significativas. Internamente recebeu novo quadro de instrumentos, interior monocromático, preto ou marrom; bagagito e bancos reclináveis de série. Substituindo assim a versão L.
Fiat 147 Europa GL
O 147 GL contava com apoio de cabeça, que apoiavam também os ombros por serem muito largos. O revestimento nesta versão era em tecido. Nos bancos dianteiros os cintos de segurança de três pontos eram retráteis e o volante era de dois raios horizontais.
Fiat 147 Europa GLS
Assim como na versão GL que dispunha de apoio de cabeça para os ocupantes da frente na versão GLS este equipamento de segurança era fornecido também para os dois ocupantes do banco traseiro, uma inovação na categoria. O revestimento nesta versão era em tecido. Nos bancos dianteiros os cintos de segurança de três pontos eram retráteis e o volante era de dois raios horizontais. O painel era bem completo, com conta-giros, indicador de temperatura de água, manômetro de óleo e relógio a quartzo. O interior era todo acarpetado, o vidro traseiro térmico era de série e todos eram verdes. Para o conforto do motorista, contava ainda com servofreio.
Fiat 147 Europa Rallye
O Rallye trazia cinto de segurança de três pontos dianteiros e bancos reclináveis, de encosto alto e gomos horizontais. Volante acolchoado de três raios, o painel era bem completo, com conta-giros, indicador de temperatura de água, manômetro de óleo e relógio a quartzo. O interior era todo acarpetado, o vidro traseiro térmico era de série e todos verdes. Contava também com servofreio. O Rallye trazia nova decoração externa. A tomada de ar sobre o capô era mantida com o defletor em plástico. Abaixo dos pára-choques pretos, na frente do spoiler de mesma cor, vinham faróis auxiliares e o pára-brisa era laminado com faixa degradê. O motor de 1,3 litro contava com carburador de duplo corpo. Andava muito bem e era atrevido, chegando a perturbar muito carro de potência superior.
Fiat 147 Europa Racing
O 147 Racing foi lançado em 1982 para substituir a versão Rallye. O logotipo vermelho indicando a versão chamava a atenção, avisando que se tratava de versão brava. Esportividade e desempenho, spoiler em polipropileno preto na parte superior do teto, coluna de direção rebaixada, volante esporte, espelhos remodelados iguais aos utilizados na versão Spazio, painel equipado com conta-giros eletrônico, voltímetro, manômetro de óleo, velocímetro com hodômetro totalizador, indicador de temperatura da água, além disso possui bancos em veludo.
Fiat 147 Europa Top
Em 1982 chegava a versão Top, que substituía a GLS. Uma novidade muito bem vinda era a troca dos sincronizadores da primeira e segunda marchas de início só nestas versões com motor 1.300, para aliviar o já tradicional esforço nos engates do câmbio. A versão Top trazia opção de ignição eletrônica, painel e volante desenhados pelo estúdio italiano Bertone, já usados na Panorama CL. Chegava a quase 150 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 16 segundos. Detalhes externos também foram alterados. No Top o que chamava atenção era o teto solar opcional, limpador de para-brisa traseiro, banco traseiro com acento e encosto divididos. Lavador elétrico do para-brisa, servo freio de série, faróis de milha, entre outros.
Fiat 147 Furgoneta
A Furgoneta se destacava pela ausência dos vidros traseiros o que a tornava ideal para serviços de manutenção, oficinas volantes e unidades de apoio. Foi muito usado por companhias telefônicas. O compartimento de carga era totalmente isolado do motorista.
Fiat 147 City
Em 1982 o 147 pick-up ganharia a frente Europa. A City, de apelo mais jovem e esportivo. Logo a pick-up passou a utilizar a base da Panorama, ficando mais longo 3,78 metros e com maior capacidade de carga até 570 kg. Rebatizado Fiorino, tinha a versão básica de acabamento, ainda com estilo antigo.
Fiat 147 C
Lançado em 1982, o modelo C veio para substituir o então Standart, até 1985 o modelo C possuía a frente Europa, a partir de 1986 passava a contar com a nova frente do Spazio com exceção dos parachoques que eram de ferro e não de plástico. Possuía motor de 1300cc, movido a álcool ou gasolina.
Fiat 147 Spazio CL/CLS
Dentre as versões do Fiat 147 lançados, a linha Spazio foi a mais sofisticada, nesta linha o 147 foi bastante remodelado, recebendo nova frente e traseira, com para-choques envolventes, grade dianteira com a nova identificação internacional da Fiat com as 5 barras inclinadas a 20º graus. Uma inovação trazida pelo Spazio foi o pedal de embreagem com folga zero, que passou a dispensar o reajuste periódico da folga. Por deixar de haver batente de repouso, não era mais possível a embreagem vir a se auto-acionar e começar a patinar, destruindo-se. O desgaste progressivo e normal do disco era notado pelo pedal que subia em direção ao motorista. Levou algum tempo para que os concorrentes adotassem essa solução.
Fiat 147 Spazio TR
O modelo TR foi o esportivo da linha Spazio, vinha com faróis auxiliares nos para-choques, na traseira aerofólio no teto e junto a tampa traseira abaixo do vidro, além de um painel mais equipado os bancos eram reclináveis, largos e macios, revestidos em vinil e veludo, câmbio de 5 marchas, entre outros opcionais.
Fiorino
O furgão Fiorino dispunha de uma variedade de versões nunca mais vista no segmento. Havia o modelo tradicional fechado, para cargas, com o teto após a cabine bem mais alto, e outros bem interessantes como o Settegiorni (sete dias em italiano), para passageiros com bancos traseiros que rebatiam quando se precisasse carregar mais objetos do que pessoas. Outro, o Vetrato (envidraçado), com amplos vidros na parte traseira, como o anterior, mas sem os bancos a carga ficava à mostra. Enfim, o Combinato, com bancos traseiros laterais. Ambos podiam servir como veículo de trabalho e lazer ao mesmo tempo. Contavam ainda com um interessante bagageiro sobre o teto da cabine, de desenho favorável à aerodinâmica, para transporte e acomodação de pequenas cargas. Essas versões do Fiorino anteciparam o que hoje se parece novidade: os utilitários de lazer, como Citroën Berlingo e Renault Kangoo além do novo Fiat Doblo.
Fiat Panorama
Em 1980 era lançada a perua da linha 147 denominada Panorama, recebendo em 1982 as versões C e CL. Contava com amplas janelas, era mais longa que os outros modelos em cerca de 30 cm. O destaque era o espaço para carga pois transportava 730 litros com o banco traseiro em posição normal (até o teto) e até 1.440 litros com o mesmo baixado. A partir dos assentos dianteiros o teto era ligeiramente mais alto o que proporcionava mais espaço para a cabeça no banco traseiro.
Fiat Oggi
O Oggi CS (modelo único) adotava a frente do Spazio com um grande porta-malas. Contava com o mesmo motor 1.300 cm³ do Spazio, a álcool ou gasolina. Houve uma versão de 1.415 cm³ com poucas unidades, o Oggi CSS, apenas para homologação em competições, que contava com ítens esportivos do Spazio TR, como o painel completo, defletores de ar e faróis auxiliares. O Oggi CS chegou a ser comercializado na série especial Pierre Balmain. Disponível na cor dourado com plásticos externos marrons, vinha com o símbolo PB da grife no painel e inscrições laterais. também vinha com malas da grife do estilista. Não fez muito sucesso, provavelmente por sua traseira alta e retilínea destoar bastante do conjunto. Saiu de linha em 1985, substituído pelo Prêmio, o três-volumes derivado do Uno, o qual foi produzido durante um tempo razoável, porém igualmente sem alcançar grande sucesso comercial.
Comercial do Fiat 147
Reestilização do Fiat 147 (Blog Irmão do Décio)
Esta imagem eu peguei do blog Irmão do Décio, que se baseou num modelo Palio. Esta poderia ser uma projeção do que a Fiat faria se relançasse seu primeiro clássico, o que é uma pena, pois já há os modelos Palio e Uno, que substituiram o 147 nos anos 90.
Fontes: Wikipédia
Fiat 147 Clube
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